" Perché oggi temiamo tanto il diverso? Perché ciò che in passato era oggetto di seduzione (la cultura zigana ad esempio) oggi è solo fonte di inquietudine?
La seduzione, quello che un giorno rappresentava in qualche modo una seduzione, contiene dunque oggi un elemento d’inquietudine. Perché?"
La seduzione, quello che un giorno rappresentava in qualche modo una seduzione, contiene dunque oggi un elemento d’inquietudine. Perché?"
Queridos amigos, este pedacinho de texto em italiano eu retirei de um blog que fala sobre diversidades e costumes. Não que eu saiba esta língua o bastante, mas consigo entender o suficiente para reconhecer neste texto um tipo de questionamento que costumo fazer por aqui, e me agrada muito saber que em partes distintas do mundo pessoas anônimas como eu andam por ai levando ideias e reflexões sobre um tipo de situação que nos faz mal no processo evolutivo, nos trazendo um retrocesso e um enrijecimento de pensamento e de visão do mundo com suas belas diferenças e diversidades.
A pergunta que a autora do texto faz é simples, mas ainda precisa ser respondida: Porque hoje tememos tanto o que é diferente, porque aquilo que antes causava admiração e encanto na cultura Cigana, tornou-se objeto e fonte de inquietação? O que antes seduzia, hoje tornou-se ameaçador? ( Isto, diga-se de passagem particularmente na Europa.)
O que vou relatar agora não é uma estória qualquer, pois de fato aconteceu comigo nas duas ultimas vezes que estive fora do Brasil, especialmente em Roma, cidade que amo. Há um tempo, andavamos pela cidade e vimos um grupo de Ciganas, Zingaras ou Sinto, como são comumente chamadas. Imediatamente alguém se aproximou de nós e avisou que eram ladras!
Bom, o tempo passou e estive por lá outra vez, sendo que nesta época do ano, pelo frio intenso que faz na Europa não vimos Ciganos pelas ruas. Porém ao chegar numa pequena cidadezinha medieval, próxima a Assis presenciei uma cena que me fez imediatamente pensar em meus queridos irmãos Ciganos. Estava num Café em Sant´Angelo e uma criança brincava, fazendo muito barulho e confusão no ambiente, para falar a verdade, nada demais, considerando que devia ter uns cinco anos. Seu pai, o dono do comercio falou que parasse, ela continuou, ele falava alto e para mim já incomodava mais que a menina, até que por fim ele gritou bem alto um palavrão ofensivo o bastante e que fez ela parar imediatamente, paralisada e de olhos arregalados: ZÍNGARA!!!
Meu italiano é precário, mas entendo bem as linguagens afetivas que cercam as palavras ditas para curar, perdoar, amar, castigar, ferir e agredir. Já tinha ouvido muitos palavrões lá em Roma, mas nenhum me incomodou mais que esse...
Continuo amando esta cidade encantada, só registro este fato para dar crédito a coisas que venho me reportando aqui, neste recanto Zíngaro. Sob a luz das estrelas somos todos iguais, e o preconceito é perverso em qualquer idioma, as mesmas coisas que seduzem por serem misteriosas, são as primeiras a levar pedradas quando atingem o ponto vulnerável do psiquismo humano. Enquanto não estivermos conscientes da unidade cosmica que nos torna UM, veremos o mundo dividido e fragmentado em cores, raças e religiões. Deixo com vocês o meu desejo de paz, e se há um bom lugar para mudar esses fatos é dentro do coração de cada um de nós, afinal todos já tivemos em algum momento atirando pedras por aí mas agora podemos mudar isso!